Várias vezes me perguntaram por que é que me importo, por que é que intervenho publicamente, por que é que assumo responsabilidades políticas ou associativas. Confesso que sempre que me confrontam com este tipo de interrogações me surpreendem. E porquê? Primeiro porque por vezes me esqueço que nem todos gostam nem se sentem motivados para participar na “causa publica”, e, depois, porque é algo para o qual não se tem a resposta na ponta da língua.
Sempre vivi com interesse em participar na causa pública. Os exemplos começaram bem cedo, vindos de bem perto, vindos do meu pai, Alípio de Matos. Apesar de ser bastante novo, lembro-me da noite da morte de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Quem da minha idade se lembra ou sequer se interessa por este acontecimento? Não muitos. Lembro-me de como era importante, de como os amigos do meu pai se preocupavam genuinamente, e por vezes até ingenuamente, pela res publica.
Já foi eleito para vários cargos da vida interna partidária bem como para lugares de responsabilidade em associações da dita sociedade civil (sempre gratuitamente e sem ganhar um cêntimo ou pensar sequer nisso). A participação cívica é algo que está intrinsecamente ligado à minha persona, é por isso que sinceramente a única resposta que encontro é, pasme-se, o serviço à minha comunidade.
Bem sei que muitos dirão “grande coisa”. Não sei se é grande ou pequena, sei que devemos agir e que esta é a minha pequena contribuição para com a minha comunidade. E qual é a sua, caro leitor?
Gasto de dinheiro público?
A Assembleia Intermunicipal da CIM decretou dois dias de luto ao aprovar uma moção do PSD como forma de protesto contra a introdução de portagens em três antigas SCUT's do Norte. Aprovar aprovou, mas chegaram os dias e a moção não foi posta em prática pela maioria esmagadora dos municípios que constituem a CIM. As desculpas foram muitas para não a porem em prática e realmente era uma moção estranha, inconsequente, a roçar até o demagógico, e até é verdade que existiriam muitas outras formas deste órgão se juntar à luta, mas também é verdade que a moção foi aprovada pela maioria dos elementos que a constituem. Se esta Assembleia perde tempo a aprovar moções para não serem postas em prática, logo surge a pergunta "para que é que serve"?
Sem comentários:
Enviar um comentário