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Artigo publicado no Novo Panorama em 15-11-2012 |
Bem prega…
“Já havia os deputados para-quedistas,
aqueles que concorrem por círculos longe da sua residência. Nascerá agora a
figura do presidente de câmara emigrante…”, escreveu numa rede social Paulo
Morais, natural de Viana do Castelo, residente no Porto, candidato, em 2009, a
presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima …
Inquietante
Segundo notícias que vieram a público recentemente, o número dos nascimentos
em Portugal é o mais baixo de sempre, 2012 será mesmo o ano com menos bebés,
desde que há registos. Ao todo, neste ano, não deverão nascer mais do que
noventa mil crianças ou seja menos que a lotação do Camp Nou, o estádio do Barcelona.
Os alertas já estão todos a soar, esta inversão na pirâmide demográfica põem em causa, por exemplo, a
sustentabilidade da Segurança Social, e poderá significar o fim do chamado
Estado Social, tal como o conhecemos.
O meu filho mais novo nasceu precisamente este ano, que futuro terá? Esta
é uma daquelas clássicas perguntas que ao longo de séculos os pais se
colocaram. E a “crise”? - perguntam-me.
Mas, a crise que vivemos será maior quando comparável com as crises
(económicas, culturais, guerras mundiais…) que viveram os nossos avós? Não sei.
A verdade é que actualmente vivemos, não só uma crise económica, mas também uma
crise de identidade, uma crise de valores, perdemos a noção de comunidade, a
começar pela mais pequena, a família, cada vez mais desestruturada e disfuncional.
A verdade é que vivemos cada vez mais sós.
Mas, e o futuro? O actual Estado Social, que vemos ruir perante nós,
foi concebido logo após a crise de 1929 como uma resposta às necessidades
sociais criadas pela grande Depressão, e durou mais ou menos 84 anos. Costuma-se
dizer que o futuro a Deus pertence, o que é um facto, e Deus deu-nos algo
interessante, que é liberdade, a liberdade de traçarmos o nosso caminho. O
futuro? Como se costuma dizer, o caminho faz-se caminhando…
De visita obrigatória
Não sei se o leitor gosta de feiras de antiguidades. Eu gosto. E,
pelos vistos, muitas outras pessoas também. A feira de antiguidades de Ponte de
Lima já ganhou fama, muitas pessoas já se deslocam da região do grande Porto só
para a visitar.
Devido a obras no espaço que a albergava, a avenida 5 de Outubro
(popularmente conhecida por avenida dos Plátanos), a feira realiza-se agora na
Avenida de S. João. Ganhou com esta mudança. Pelo que alguns vendedores me
disseram, têm melhores condições que no anterior espaço. Como frequentador,
concordo com esta opinião. É necessário ter em atenção um facto, o
sucesso da feira. Este começa a dar-lhe uma dimensão que talvez já justifique uma
ordenação mais estruturada, onde não seja o “salve-se quem poder” a reinar.
No segundo domingo de cada mês, é mais um bom motivo para visitar a
vila de Ponte de Lima.
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