Artigo publicado no Novo Panorama em 27-12-2012 |
Regresso ao passado
Não
foi bem um regresso ao passado mas já deu para “matar” algumas saudades. O
“nosso” rio encheu e ocupou a totalidade das suas margens mostrando toda a sua
beleza.
Fotografias
foram muitas e levadas imediatamente pelas redes sociais para os quatro cantos
do mundo.
Esta
facilidade informacional provocou uma “avalanche” de saudosismo nomeadamente na
diáspora ponte-limense. Por momentos recordaram-se os tempos em que o Lima
abraçava o centro histórico, recordaram-se e partilharam-se vivências de
memoráveis cheias. Ao ver as fotos, ao ver o rio Lima, também me ocorreu a
cheia de 1987, mas, também, o meu avô Arlindo que em dias como estes me contava
como na sua juventude, com uma embarcação a remos, tinha resgatado algumas
pessoas numas casas lá para os lados do Arquinho, em Arcozelo.
Claro
que nem tudo são saudosismos bucólicos, por exemplo, a freguesia de Estorãos
viu a sua velha ponte românica ficar num estado periclitante com a subida do
rio Estorãos. Pela sua história, a sua beleza e o seu simbolismo espera-se que
rapidamente seja recuperada.
Final
de ano
A
época de final de ano é propícia a balanços, nas próximas linhas poderia
enunciar alguns assuntos que, no último ano, e na minha opinião, marcaram a nossa
região. Embora tentado, não o farei.
Vivemos
tempos em que é mais importante olhar para o futuro. O ano de 2013 será um ano
de grandes desafios, será um ano de decisões e opções. Como diz uma canção
brasileira, o futuro “é a prova que o passado valeu a pena”…
Passagem de ano
Normalmente
a passagem de ano é feita em comunidade. Depois de um Natal em família, a
passagem de ano é tradicionalmente uma altura em que o espaço público se torna
a “casa” da comunidade.
Em
algumas aldeias a passagem de ano é celebrada em volta do madeiro ou lenho, tradição
ainda muito enraizada, por exemplo, para os lados de Bragança, uma fogueira que
é acesa pelo Natal e que dura, em alguns casos, até aos Reis. Embora os tempos
sejam outros a passagem de ano em comunidade, ainda que sem fogueiras, ainda se
vai verificando. Por Ponte de Lima, por exemplo, o centro histórico é o espaço escolhido,
aí se juntam muitas pessoas para receberem o ano novo.
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