sexta-feira, maio 01, 2015

Intervenção na Assembleia Municipal de 24 de Abril de 2015

Por vezes pode parecer que o ponto que agora debatemos, a apreciação da Informação do Presidente da Câmara bem como a situação Financeira do Município, não  passa da apresentação de um género de listagem. Mas, de facto, para além desta, o que vemos? Vemos a actuação de uma maioria desgastada, que vive para duas coisas, o imediato e o mediático.

Ao ler as actas das reuniões de Câmara percebe-se a tendência da maioria em escarnecer rotulando como demagógicas as propostas, nomeadamente de âmbito social, feitas pelo vereador social-democrata, Manuel Barros. E são já várias as propostas ponderadas e apresentadas no âmbito social.
Os eleitos têm a obrigação de perceber as necessidades dos seus eleitores, as verdadeiras necessidades, e trabalhar para as colmatar. Infelizmente, esta maioria está desfasada da realidade. A maioria parece preferir algo diferente, aparentemente para ela mais importante, como o aparecer nas fotografias.

Há a entrega de uma carrinha? O prioritário é que os vereadores da maioria estejam presentes para a fotografia. O vereador do PSD, Manuel Barros, propõe abrir as cantinas escolares nas férias? Ui! Que proposta descabida e demagógica.

Descabido e demagógico? Como é possível organizarem sessões públicas, convocando a comunicação social, para entregar chaves de habitação social a agregados carenciados?

O vereador Manuel Barros propõe um cartão do idoso, com um regulamento, com medidas concretas que vão ao encontro das necessidades dos idosos? Extemporâneo e demagógico. A maioria já tinha preparada uma proposta que, embora vazia, em sem qualquer utilidade para as reais necessidades sociais que os idosos enfrentam, é a que será aprovada, porque simplesmente só as propostas da maioria é que são válidas. O vereador do PSD propõe medidas de apoio aos casais desempregados? Só pode ser demagogia e despesismo, pois claro. É que gastar na organização de um qualquer festival de Verão na EXPOLIMA o mesmo que se poderia gastar na ajuda aos casais desempregados é que é prioritário.

Recentemente, prendaram os limianos com a cereja no topo do bolo bolorento que é a actuação desta maioria. O vereador Manuel Barros apresentou uma proposta de comparticipação na compra de medicamentos para os idosos que se encontrem em situação de comprovada carência económica. Uma ajuda que faria a diferença na vida destes, uma medida que não passaria, nesta primeira fase, de 30 mil euros, considerada, inclusive, por um dirigente do CDS local como uma das medidas de maior alcance social pelo impacto directo que teria e pelo que representava. Uma medida que os membros da maioria chumbaram com o argumento, surpresa das surpresas, de ser uma proposta populista e fora da competência da autarquia. Claro que gastar sensivelmente o mesmo, que os membros da maioria gastaram no ano passado em despesas com restaurantes e passeios, na ajuda aos nossos concidadãos mais velhos e necessitados só pode ser populista e demagógico, e fora das competências de uma Câmara que se arroga de ter os cofres cheios.

Esta maioria ficará para a história por estas decisões. Este presidente da Câmara será lembrado como o pior presidente da câmara dos 40 primeiros anos de democracia. Um presidente manietado, um presidente que governa de costas voltadas para os interesses e necessidades dos seus eleitos, de costas voltadas para os limianos.

Quanto a nós, membros eleitos da maior força da oposição, podem estar cientes que não desistiremos, continuaremos firmes na defesa de soluções para a nossa comunidade, na defesa de soluções para as necessidades dos limianos.

Os senhores foram eleitos por maioria absoluta, é verdade, mas tal facto, em democracia, não justifica a vossa arrogância para com a oposição e, mais importante que tudo, para com os vossos concidadãos. A verdade é que apesar de os Filisteus escarnarem de Israel durante 40 dias e de terem um gigante todo poderoso que todos receavam, acabaram derrotados por David, um pequeno, simples mas preparado e firme israelita.

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