domingo, setembro 05, 2021

Alto Minho, artigo de 01-09-2021

 Recta final

As eleições estão aí. Entramos na reta final e as candidaturas fazem de tudo para encontrar a melhor forma de lá chegar em primeiro lugar. 

47 anos de democracia deveriam dar-nos sapiência para saber que neste momento seria importante estar a ler e a discutir as diferentes propostas. Deveríamos discernir entre o que os candidatos querem que achemos deles e o que eles realmente representam, saber o histórico de cada um, tão simples de procurar no Google, o que defenderam no passado, o que dizem defender actualmente para percebermos o que realmente cada um representa. Infelizmente, não é a realidade que vivemos. 

Muitos de nós, simples cidadãos, só agora é que voltamos a acordar para o processo político. A maioria, durante 4 anos, não tem interesse nenhum em saber o que se passa na sua comunidade, não lê jornais, não participa nas reuniões, não se informa. Sem o conhecimento ou a capacidade de interpretação do diluvio de informação que nos entra pelos nossos olhos torna-se difícil tomar boas e esclarecidas opções. Sucumbiremos aos casos e às insinuações?


Companheiros



Em conversa entre amigos, alguém disse que se tinha celebrado o Dia Mundial do cão. Lembrei-me dos cães que se cruzaram com a minha vida. 

O Sheik, fiel companheiro do meu avô Arlindo que, sempre que saíamos de bicicleta, nos escoltava atentamente até ao nosso destino. O Duque e o Marx foram os parceiros da adolescência. O primeiro até entrou nas curtas metragens que nessa altura eram realizadas nas nossas férias. Já o Marx foi o parceiro do final da adolescência e juventude. Também o Nick, que, embora pertencesse a um vizinho, se escapulia para integrar a sua alcateia, que era o meu grupo de pré-adolescentes. Nem às actividades dos escoteiros faltava. Na infância, os companheiros foram 3 pastores alemães, o Bell, nome que retirei dos desenhos animados Bell e Sebastião, e o Dike, que amparavam todas as minhas brincadeiras, mesmo quando estas significavam ter um miúdo a tentar cavalgar em cima deles o jardim. Finalmente, o Ringo, o cão de todos os primos. Morava na casa do avô Manuel e da avó Glória. Lembro-me bem de brincar com o Mário e o André e com o Ringo que acompanhou as nossas estadias e aventuras na casa dos nossos avós.

É engraçado como os animais de companhia dão tudo em troca de tão pouco, como marcam o nosso percurso, mesmo quando ainda nem temos consciência da existência de um percurso. 


Sugestões


Com as Feiras Novas a chegar, devido aos condicionalismos que vivemos, este ano ainda não serão vividas como queremos e conhecemos. Há, no entanto, algo que poderemos fazer, a tradição continua, que é ler o Anunciador das Feiras Novas. Já chegou às bancas e, como sempre, é imperdível. 

Também imperdível é o livro que João Barbosa escreveu sobre a sua amada freguesia de S. Martinho da Gandra. Intitulado História da freguesia de São Martinho da Gandra, é uma obra obrigatória não só para os habitantes daquela freguesia, mas para todos os que se interessam pelas “coisas” de Ponte de Lima. Um livro para ler e integrar todas as bibliotecas com obras sobre Ponte de Lima e suas gentes.