Exemplos
Foi com bastante interesse que li a notícia de que o presidente e os vereadores com pelouros da Câmara Municipal de Viana do Castelo vão começar a deslocar-se, em deslocações oficiais na cidade, de bicicletas eléctricas. Não sei se seria necessário serem eléctricas, mas só o facto de deixarem o automóvel e optarem pela bicicleta já é um bom e simbólico exemplo e um ponto de partida. Ficou, ainda, o compromisso de concluir a rede de ecovias, ciclovias e de estabelecer a ligação entre as margens do rio Lima.
Ficam dois desafios, um para o presidente da Câmara de Viana, o de ligar a ecovia do rio Lima, que segue até Sistelo, no concelho de Arcos de Valdevez, entre Viana do Castelo e Ponte de Lima. O outro desafio fica para os restantes presidentes da Câmara do distrito, que sigam o exemplo do seu congénere vianense.
Falando de mobilidade
Perante este cenário, como é possível não se ouvir uma palavra sobre planificação e reestruturação das políticas de mobilidade vinda de algum responsável político, ou candidato a sê-lo? O que é que o famoso Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá para este canto superior do território português nesta área? Alguém ouviu, leu alguma coisa?
Um distrito como o de Viana do Castelo já deveria ter uma política integrada de mobilidade. Mobilidade sustentável, intermodal e ao serviço das necessidades das comunidades. Os políticos já deveriam ter propostas, já deveriam falar como o PRR iria ajudar a torna-las uma realidade. O Alto Minho não pode ser uma região do litoral condenada a ter sempre indicadores de interioridade.
Escolhas
Por estes dias, os focos dos média centram-se nas eleições internas do PSD. Rangel vrs. Rio. O primeiro veio a Viana do Castelo na passada semana, onde fez um discurso em consonância com o que lhe vamos ouvindo na comunicação social, usando as palavras chave de “união” e “esperança”. O segundo afirma que não faz campanha interna porque, como declarou, não vai mudar nada do que tem vindo a afirmar nos últimos 4 anos, pressupondo que os militantes já conhecem a sua linha de pensamento e o que propõe para o partido e para o país.
No próximo sábado, os militantes sociais democratas escolherão o seu líder. Independentemente de quem sair vencedor, para estes, o novo líder terá a obrigação de conseguir formar governo. Assim, terá de catapultar cada lista de deputados, em cada circulo eleitoral, criando condições para que os que as formem sejam verdadeiros representantes das comunidades e não dos seus sindicatos de voto. Só assim estarão a criar condições para eleger o máximo de deputados possível, de modo a que, nos acordos e convergências que se fizerem na Assembleia da República, se seja capaz de formar governo.