Ajustes
A retórica usada pelo líder distrital do PS ajusta-se consoante o “vento” que sopra. Publicamente elogiou o seu maior rival interno, José Maria Costa, que desde os 33 anos esteve ligado ao poder socialista no município de Viana do Castelo, de adjunto a presidente da Câmara, por, aos 61 anos, subir a Secretário de Estado do Mar. Já quanto à saída do “seu” ministro, Miguel Alves, na reação ao Alto Minho, diz que Brandão Rodrigues “sempre se candidatou a deputado e é como deputado que vai assumir a pasta com muito orgulho”. Quererá isso dizer que os outros desprestigiaram a “pasta” por terem aceitado um lugar no governo? Claro que não, Alves, logo de seguida, deixa entreaberta a porta para Rodrigues sair para outro “desafio”. Ou seja, isso de se candidatar a deputado é uma “pasta” que se pode descartar a qualquer momento, trocando-a por outro “desafio”, digamos, mais aliciante.
Os eleitores é que se tem que habituar porque isso de assumir com “muito orgulho” a sua representação na Casa Mãe da nossa Democracia parece ser algo de menor importância, a qualquer momento descartável.
Dança de cadeiras
A entrada para o governo de dois deputados socialistas levaram, novamente, ao parlamento Anabela Rodrigues e Dora Brandão. Apesar dessa entrada, a notícia que “viralizou” é que Ponte de Lima voltava a ter um deputado. Não, ainda não foi na semana passada que um membro oriundo de Ponte de Lima, o sexto da lista do PS, entrou no parlamento. Se nada acontecer às neo-deputadas, só entrará quando chegar o referido “desafio” de Brandão Rodrigues.
Como a estratégia autárquica do PS para as terras limianas parece passar por essa passagem pelo parlamento, Brandão Rodrigues que se cuide que o “desafio” deve estar mesmo, mesmo a chegar.
Por falar em desafio
Miguel Alves não terá desculpa para não resolver, de uma vez por todas, um problema que se arrasta faz anos no concelho que lidera, o do portinho de Vila Praia de Âncora. Com José Maria Costa como Secretário de Estado Adjunto do Mar tem tudo para que de garantias e estudos se passe a uma realidade executada.
Finalmente
Já por Ponte de Lima, a novela de Calvelo parece ter terminado. A solução para formar o executivo da Junta daquela freguesia veio do CDS-PP que, confrontado com a crescente insatisfação na população, nomeadamente dos pais, cedeu e encontrou uma solução a contento das partes. Foram 6 meses perdidos que as populações não devem esquecer. Infelizmente, o PLMT perdeu mais uma oportunidade para se afirmar como uma força diferente. Não há como não se concluir que Zita Fernandes entrou com o pé esquerdo na liderança do movimento.
