domingo, julho 17, 2022

Alto Minho, artigo de 13-07-2022

Apostar no desporto

As políticas de desporto no concelho de Ponte de Lima nem sempre percorreram os caminhos mais ambiciosos. Por vezes optou-se por caminhos mais populares em detrimento de outros mais trabalhosos, mais ambiciosos, mais demorados . 

Eis-nos chegados mais uma vez a um tempo de decisões, de colocar a ambição junto do desejo e da capacidade de fazer. Não será preciso muito, bastará ter capacidade de benchmarking, ou seja, de comparar o que de melhor se faz nesta área. Concelhos como a Póvoa de Varzim e Esposende estão a mostrar o caminho. A Póvoa já com um exemplar complexo construído, com vários espaços e campos desportivos, Esposende com um projecto que irá iniciar em breve. Este último concelho anunciou a construção, em duas fases, de um Parque Desportivo Municipal. Este contará com quatro campos de futebol, um sintético e três com relva natural, um deles com bancadas cobertas e preparado para jogos oficiais, acolhendo a Associação Desportiva de Esposende. Mas o interessante é que, para além do desporto rei em Portugal, o novo parque desportivo terá uma pista de atletismo, um polidesportivo, um campo de basquetebol de 3, campo de ténis, voleibol, btt, pump track, skate parque, anfiteatro e muitas outras valências. 

No Alto Minho, nomeadamente no Vale do Lima, é tempo de ter coragem para um projecto deste género, que estando ao serviço dos agentes da região, seja capaz de acolher equipas de ligas superiores, nacionais e estrangeiras, de várias modalidades. Um espaço onde os atletas da região desenvolvam as suas capacidades. 

Ponte de Lima tem a possibilidade de ter um espaço desses e bem perto da sede de concelho, sei que há vontade dos agentes desportivos e mesmo dos políticos. Havendo todas as condições, que se decida rapidamente e que o concelho de Ponte de Lima saiba liderar este ambicioso projecto.   


PSD


Nota-se a mudança nacional no PSD. Os média têm passado as deslocações do novo presidente. Montenegro conseguiu com uma agenda bem construída, numa semana, fazer o que Rio não conseguiu, passar em horário nobre não só a sua imagem, mas a mensagem da sua agenda. A aceitação mediática é outra, a mudança quase parece geracional, onde antes se via crispação e distanciamento institucional, agora vê-se empatia e entrevistas intimistas. É melhor, é pior? Bem, os tempos são outros e a forma de estar e “fazer” política também deverá ser outra, a verdade é que a política reflete aquilo que é a sociedade e em política, por mais razão que se tenha, se ninguém a reconhecer não servirá para nada. 

Já no nosso distrito, os “protagonistas” no palco nacional são, basicamente, os mesmos que por lá andavam. São os mesmos que, independentemente dos lideres nacionais que vão passando, há anos aparecem nas fotografias e enquadramentos das televisões. Alguns, para continuarem nessa pantomina, fizeram de tudo, até mesmo “encostar-se” a quem antes olhavam com desdém e desprezo. São opções de vida. 

Entretanto, os militantes vão desaparecendo das reuniões e jantares, onde se ouvem intervenções de fundo, restando apenas o eco e, porque não, o ego de alguns. 

Sem comentários: