domingo, julho 03, 2022

Alto Minho, artigo de 29-06-2022

De volta a festa popular

Estes dois anos de pandemia deixaram as pessoas sem contacto, sem encontro comunitário, sem possibilidade de viver emoções em conjunto.
Finalmente, com os Santos populares, voltamos a ter festa do povo. Ajuntamento nas ruas, bailaricos. Este ano, as Marchas de S. João voltaram às rua da vila de Ponte de Lima. 
Os marchantes da Correlhã, da Seara e S. Pedro de Arcos trouxeram as coreografias, a cor, a alegria e a música às ruas limianas. Mas todo esse colorido nada significaria sem a moldura humana, e essa correspondeu, as ruas foram engolidas por duas filas paralelas ao longo de todo o percurso. 
As festas populares voltaram de tal modo que até em Arcozelo, que este ano não participou nas marchas, depois do S. António mais religioso, se comemora esta semana o S. Pedro. À Além da Ponte, no largo da Freiria, volta o S. Pedro que há já muitos anos não era festejado. Uma vez mais, são as pessoas que se organizam para estes momentos populares e comunitários. 
É tão bom ter coisas boas em comunidade. Essa deveria ser uma preocupação dos mais pequenos dos poderes políticos, as juntas e Assembleias de Freguesia.  



Alerta

Está a tornar-se perigoso utilizar a estrada que um dia foi nacional entre Arcozelo e Refoios. Não faltará muito mais tempo para que a vegetação ocupe as faixas de rodagem, as bermas já estão ocupadas e a estrada cada vez mais parece um caminho.
O problema é mais visível no troço da freguesia de Refoios. Será urgente que a Câmara Municipal, aparentemente será dela a responsabilidade limpeza, faça uma intervenção antes que algo grave aconteça por lá. 

O que se passa?

Não sei se foi da pandemia ou da guerra na Ucrânia mas a verdade é que a política em Portugal parece ter desaparecido. Onde estão os debates dos problemas que enfrentamos, onde estão, no espaço público, as propostas, as alternativas? É verdade que de tempos a tempos aparece uma polémica, mas os debates de fundo, num momento em que a nossa comunidade caminha para mais uma rotura generalizada, esses são deixados de lado. É mais fácil viver politicamente de ondas de polémicas que desaparecem na espuma dos dias mediáticos.
Veja-se por cá, no distrito, onde se debate o brutal aumento do que se paga para a recolha dos resíduos sólidos? O que está no cerne desta questão é o mesmo que já esteve na questão da águas, por exemplo. A concentração dos serviços através da associação dos municípios parece ter tendência a desmoronar, acabando a sobrecarregar os contribuintes. O serviço publico parece ter sido relegado para apenas mais um serviço. 
Onde estão os políticos, onde estão as alternativas, onde estão as oposições? O que se passa para vivermos tempos tão amorfos?