domingo, fevereiro 26, 2023

Alto Minho, artigo de 22-02-2023

Novos Paços do Concelho

Imagem do ADVCT - https://advct.dglab.gov.pt

Não, não vou escrever sobre o polémico projeto surpresa” de 6 milhões e meio de euros que Vítor Mendes quis construir em Ponte de Lima em 2015. 

Em meados do século passado, a Câmara Municipal de Viana do Castelo concluiu que o edifício que ocupava era pequeno para as valências que o município ia criando. Se no início desse processo se pensava na mudança da Câmara Municipal para o edifício do Governo Civil, rapidamente se avançou para outras possibilidades onde a construção dos novos Paços do concelho serviria como âncora para uma renovação urbana da cidade. Um dos espaços para implantação dos novos Paços do Concelho seria na zona do antigo mercado municipal. A criação de espaços abertos, para serviços públicos, não só municipais, e um moderno edifício para albergar a Câmara Municipal seriam o rosto de uma Viana do Castelo moderna e contemporânea. 

Naquele espaço não viria a nascer a tal renovação urbana que os projetos previam, os Paços do concelho de Viana do Castelo passariam para o Palácio dos Távoras, no centro da cidade, onde ainda hoje se encontram. 

Entretanto, o município vianense alienou em hasta pública o terreno do antigo mercado municipal onde seria construído o popularmente conhecido prédio Coutinho. Construído no início dos anos 70, chegou a ser visto como o sitio por excelência para se viver na cidade de Viana do Castelo, porém, após muitas peripécias, avanços e recuos de um processo de 16 milhões de euros, foi demolido em 2022. 

No espaço outrora ocupado pelo prédio Coutinho, Viana do Castelo têm agora um espaço vazio. Ao que se ouve, será para lá implementar novamente um mercado municipal. Será que depois de tanto esforço, de tantos milhões de euros gastos, essa será a melhor solução para aquele espaço?  


António Barbosa


Gostei de ler a entrevista do presidente da Câmara de Monção dada na passada semana a este semanário. No final da leitura, pensei para comigo, aqui está alguém que não se perde em encantos políticos”. Orçamentos realistas, feitos a pensar nos objectivos a atingir, nos quais o edil aparenta não se perder com cantos de sereia nem se torna o próprio uma sereia”. Aposta em vários vectores que vê como complementares e demonstra ter um conhecimento do seu território, que, por vezes, não se encontra noutros seus pares. 

Talvez pelo seu foco estar no que interessa é que não se vê o PSD de Monção em crescimento clubístico” interno. Este foco, no essencial, é cada vez algo mais raro pelo que deve ser realçado.