domingo, julho 09, 2023

Alto Minho, artigo de 05-07-2023

 Bicicletas

Já várias vezes escrevi sobre a potencialidade do uso da bicicleta nas movimentações pendulares urbanas. Um incentivo que poderia começar nas escolas com projectos pedagógicos de mobilidade sustentável, como, aliás, já existem em muitos agrupamentos do país. 

Na passada semana, o maior empregador do concelho de Ponte de Lima anunciou que passará a promover o uso diário da bicicleta entre os seus trabalhadores. A mudança de paradigma, com pequenos passos, parece ter começado. Não será fácil mudar mentalidades, mas, quando o maior empregador no segundo maior concelho do distrito, que labora no sector automóvel, toma esta decisão, é imperativo louvar e incentivar outros a fazer o mesmo.


Noites quentes


Com noites tão quentes, que é preciso procurar na da nossa memória mais antiga para encontrar paralelo, os bairros históricos voltam a ter um movimento para muitos estranho. Alguns dos habitantes passam o inicio da noite nas soleiras das portas, uns até se instalam em cadeiras, e vai-se dando tempo à conversa. 


Festas dos santos populares


Acabaram as festas dos Santos Populares. Por Ponte de Lima, após o sucesso do São João, foi a vez de, na Além da Ponte, se festejar o São Pedro. O largo da Freiria encheu-se de alegria. Uma festa feita por jovens para todos, e todos por lá se juntaram. 

É de saudar a capacidade, já vista no São João, de unir a comunidade numa festa verdadeiramente popular e familiar, longe de muitas festas “enlatadas” que parecem concorrer para ver quem gasta mais. 


Férias



O mês de Julho é para muitos o mês das férias. Se recuarmos algumas décadas, aqui pelo Alto Minho, muitos começavam a época dirigindo-se para Vila Praia de Ancora. O aluguer de barracas de praia e o arrendamento de casas traziam uma outra vida àquela freguesia do concelho de Caminha. Por vezes, os vizinhos da terra de origem continuavam a sê-lo à beira-mar. 

Noutros tempos, por vezes, com as famílias seguiam amas, algumas não passavam de adolescentes, contratadas para, naqueles 15 dias, tomarem conta dos filhos pequenos. Responsáveis por acompanhá-los nos banhos, nas brincadeiras na areia e noutras tantas actividades, era, para a maioria, a única oportunidade que essas jovens tinham para passar uns dias junto ao mar.