Pormenores de maior
Uma das maiores romarias do país é a da Senhora da Agonia, na cidade de Viana do Castelo. O epicentro da festa é o santuário, construído pelas gentes do mar, que se eleva no campo com a mesma designação. É por isso de saudar o zelo dos responsáveis da Confraria de Nossa Senhora da Agonia em manter o espaço cuidado, procedendo a periódicas obras de manutenção e recuperação. Todos os dias por lá passam centenas de peregrinos de todo o mundo, que indo em direção a Santiago de Compostela, visitam a igreja e, por vezes, até aproveitam as sombras das árvores para um pequeno descanso. Infelizmente, todo este cuidado e aprumo nem sempre é respeitado. Recentemente todas as portas da igreja e casas adjacentes, que fazem parte do complexo da agonia, foram vandalizadas, não bastando, o lixo das papeleiras acumular-se durante dias e dias. Talvez seja tempo do Município de Viana do Castelo, em conjunto com a Confraria, proceder à implementação de um conjunto de medidas preventivas de salvaguarda deste património.
Já a Câmara de Ponte de Lima olhou de forma diferente para o seu ex-líbris. Finalmente, a ponte medieval, que dá o nome ao concelho, viu renovada a sua iluminação. Várias vezes escrevi sobre a necessidade de rever a iluminação na ponte. Opções por elementos intrusivos, lâmpadas fundidas durante meses, as falhas foram tantas e tão prolongas que quase roçava o desleixo. A nova iluminação, aparentemente, inicia uma nova abordagem, é discreta e realça a arquitectura da ponte.
Serviço de transportes
Em outubro de 2022, escrevi o seguinte neste espaço “foi anunciado, mas quase de forma clandestina, um serviço intermunicipal de transportes. Comparem com os nossos vizinhos de Braga, que já há muito implementaram um serviço intermunicipal e inter-modal, e vejam o tempo necessário para criar um serviço na nossa região, que, aliás, nem foi apresentado formalmente, mas numas declarações de um presidente da Câmara”. Dois anos e dois concursos depois, foi agora anunciado pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho que foi iniciada a preparação do terceiro concurso, tendo os anteriores sido cancelados, para ser aberto no início de 2025.
Se conseguirem desatar este nó górdio, talvez possam alocar recursos para trabalhar num futuro serviço inter-modal, onde as ligações diárias com outras regiões, como a zona metropolitana do Porto, sejam uma realidade financeiramente viável para as populações que são “obrigadas” a realizar deslocações pendulares.
Coligações
No próximo dia 9 de Novembro, os sociais-democratas do distrito escolhem os novos órgãos distritais do partido. Estes terão a seu cargo um novo ciclo de eleições, a começar pelas autárquicas.
Neste ciclo autárquico, o foco do PSD no distrito, para além de manter as câmaras municipais laranja, deverá ser o da conquista dos municípios de Caminha, Melgaço e, claramente, da sede do distrito, o município de Viana do Castelo.
Se em Caminha a coligação existente será para continuar, a constituição de coligações com o CDS em municípios, como os de Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Viana do Castelo, parece o caminho natural. No concelho de Arcos de Valdevez, com o objetivo de não dispersar votos quando o PS aposta quase todas as fichas neste concelho, em Ponte de Lima, pelos motivos que já tive oportunidade de partilhar noutro artigo e, em Viana do Castelo, por ser necessária uma frente o mais abrangente possível, que poderá incluir a IL, por exemplo, capaz de ser a resposta para o descontentamento que se vem alastrando pela governação socialista.