domingo, agosto 01, 2021

Alto Minho, artigo de 28-07-2021

Sugestão

O padre José Sousa costuma dizer que as férias não são momento de preguiça mas tempo para alterar a nossa actividade fazendo o que gostamos. Deixo uma sugestão de leitura para as férias. Leiam o livro “Cancro, Covid e Vida” da limiana Céu Matos. Um livro que fala de superação, de fé, de família e de sonhos.


A quadratriz


A curiosidade de 3 entre as 8 candidaturas à cadeira de presidente da autarquia, que é considerada como “O” bastião centrista, serem oriundas do CDS levou um semanário nacional a abordar o assunto. Muitos leitores ficaram-se pelo título, ao tentar fazer uma piada com o que se passa no CDS e o arroz de sarrabulho o autor escreveu “papas” ao invés de arroz, mas, pelo conteúdo da peça, valia a pena ultrapassar o impacto do título. 

Entre curiosidades sobre Vasco Ferraz, Abel Baptista e Gaspar Martins, passeios com Daniel Campelo, idas à pastelaria Havaneza e à Rampinha (icónico bar onde se encontra o romantizado ambiente cubano-comunista) encontramos mais uma coincidência na história política de todos os candidatos, o Partido Socialista.

Vasco Ferraz assume, na peça, a sua militância na Juventude Socialista. Influência do ambiente que se vivia na Rampinha do qual era frequentador ao acompanhar os pais. Gaspar Martins, antes de ser o todo poderoso líder do aparelho centrista no concelho, foi membro da Assembleia Municipal eleito pelo… Partido Socialista. Abel Baptista, embora sendo o herdeiro natural do velho CDS, enjeitado pelo aparelho, afastou-se do CDS. Quando formou uma candidatura independente em 2017, conseguiu que o PS se anulasse e abdicasse de apresentar candidaturas autárquicas próprias (excepção, salvo erro, à freguesia da Ribeira) optando pelo apoio à lista independente. Este ano, o cenário repete-se, Abel Baptista e o seu movimento independente volta a contar com o apoio socialista. 

Não pensem, no entanto, que há qualquer problema nessa relação ou passado dos candidatos ditos da família centrista com o PS mas que é interessante, lá isso é.


Por que não uma nova “ponte nova”?


Este foi o título de um texto desta coluna no inicio do mês de Junho, onde justificava a necessidade da construção de uma nova ponte entre a vila de Ponte de Lima e a vila de Arcozelo. Terminei o texto com duas perguntas, uma sobre qual seria o ponto de vista dos diversos candidatos à Câmara Municipal de Ponte de Lima acerca da construção de uma nova ponte e outra se estariam dispostos a assumir um compromisso de luta pela sua construção. 

Abel Baptista fez-me chegar, na semana em que saiu o artigo, o seu programa já de 2017, onde defendia uma nova travessia. Resolvi esperar por outras possíveis respostas. Um mês e meio depois, a resposta de Gaspar Martins chegou com chamada a primeira  página no número anterior do Alto Minho. Gaspar não só se compromete em lutar por uma nova ponte como apresenta, até, um possível traçado. 

É uma boa notícia para os limianos ter dois dos principais concorrentes à Câmara de Ponte de Lima a assumir esse compromisso. Ficamos à espera que a candidatura do CDS e também a do PSD venham juntar-se a este desidério.