domingo, maio 04, 2025

Alto Minho, artigo de 01-05-2025

50 anos de voto em liberdade

As primeiras eleições democráticas, livres e universais, em Portugal, foram há 50 anos. Mais de 90% dos leitores votaram. Desde essas eleições, o número de eleitores a exercer o seu direito tem diminuído drasticamente. Infelizmente, são demasiadas as vezes que ouvimos algumas pessoas a queixarem-se dos políticos, mas, na verdade, nem votam, nem participam, simplesmente desistiram sem a percepção de que a alternativa é a ditadura.

Mesmo com uma taxa de analfabetismo das mais baixas da história, a capacidade de interpretar criticamente e selecionar informação é muito baixa. Por isso, a demagogia e o populismo têm tido, um pouco por todo o mundo, tanta adesão. Talvez seja por essa incapacidade, mas também pelo conformismo, que a participação nas urnas não tem a afluência devida. 

É tempo de olhar para o nosso sistema, perceber as suas fraquezas e realizar algumas alterações. Alterações que voltem a envolver as pessoas nas decisões, desde as escolhas dos deputados que os representam, até às decisões autárquicas que “mexem” com o mais básico das suas vidas.  


Mais uma vez


O presidente da Câmara de Viana do Castelo voltou a ser o “porta voz” da CIM Alto Minho. Voltamos a saber de uma decisão da CIM numa reunião do executivo municipal de Viana do Castelo, que confirmou o que o jornal Alto Minho já tinha avançado como possibilidade. O futuro ex-presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, foi o escolhido para representar os municípios na Unidade Local de Saúde do Alto Minho. A escolha, segundo Nobre, não foi unânime e está, ainda, dependente da validação da tutela.


Nem sabemos a sorte


Como podemos ver, o nosso distrito tem sorte por ter um jornal como este que está a ler. Feito por jornalistas, que fazem jornalismo, que todas as semanas trazem à estampa notícias sobre a região. É por cá que vamos lendo notícias sobre os nossos representantes, as instituições, os clubes, os protagonistas da nossa comunidade. Ao contrário do que este tempo de rapidez e volatilidade informacional nos pode fazer crer, o jornalismo não é sinónimo de fazer “copy past” de notas informativas ou de imprensa, sejam elas públicas ou privadas, políticas ou empresariais, para serem replicadas nas redes sociais.


De volta à casa do Pai


Francisco voltou à casa do Pai. Vi-o, pela primeira vez, por mero acaso, nas ruas de Roma. Ia num simples Ford Focus azul, saía do Vaticano, por ironia, a caminho de Portugal, e, num cruzamento, ficou parado precisamente em frente a nós, sem mais ninguém por perto para além de alguns carabinieri. Abriu o vidro e acenou-nos com um sorriso contagiante. O momento durou segundos, mas a sensação foi de eternidade. Ali olhou para nós, não um número, não vultos na beira da estrada, mas para nós. Foi assim que viveu e encarou a sua missão, olhando para cada um, com a dignidade de Pessoas, únicas, imagens de Cristo. 

Vivemos o tempo de Sede Vacante, muitos são os que desfilam nas televisões em comentários de vácua sapiência. Quem tem fé percebe que o Espirito tem destas coisas, ajuda sempre a escolher o “Pedro” necessário para cada momento concreto da história.