domingo, fevereiro 16, 2025

Alto Minho, artigo de 13-02-2025

Presidenciais

O primeiro candidato, com possibilidade de vencer as eleições, a apresentar-se às eleições presidenciais foi Luís Marques Mendes. Seria bem mais cómodo “fazer-se de morto”, até porque as sondagens nem lhe são favoráveis. Apesar dos presságios de insucesso, não é de estranhar esta decisão. Marques Mendes é assim, quando está convencido da validade do seu intento, não é a incomodidade ou a possibilidade de não sucesso que o impedem de seguir o caminho que acha melhor. Já dizia Vaclav Havel, “a esperança não é a convicção de que algo irá correr bem, é a certeza de que algo faz sentido, independentemente do resultado”. 

Foi ele que, enquanto líder de um dos maiores partidos portugueses, o PSD, teve a coragem de dizer "mais vale perder uma eleição do que perder a honra e a credibilidade". Não só disse como realmente enfrentou o aparelho, nas autárquicas de 2005, travando o apoio do PSD a candidaturas de personalidades envolvidas em casos judiciais. Essa guerra interna levá-lo-ia a perder a liderança, em 2007, para Luís Filipe Menezes. Foi nessa derrota que conquistou o meu respeito político, é que não é gritando contra o sistema ou denegrindo as instituições que se faz a diferença. É assumindo as nossas responsabilidades e agindo em conformidade que se alteram as coisas.


Por onde andam


Consultava uns artigos que escrevi, quando me deparei com um, escrito há cerca de 20 anos, onde li o seguinte “não posso deixar de lamentar o novo desaparecimento do nosso concelho das (…) juventudes partidárias. Não podemos deixar morrer a vontade de participação política dos jovens limianos, mas antes fomentá-la. (…) Seria bom que (…) as juventudes partidárias aparecessem com ideias concretas para Ponte de Lima, aparecessem com vontade de as debater, de participar activamente nos programas eleitorais dos respectivos partidos...”. Já viram como, passados vinte anos, o texto se mantém actual? Não existirão jovens com vontade de debater e construir o seu concelho?


Mudanças no futebol distrital


Os novos órgãos da Associação de Futebol de Viana do Castelo serão escolhidos no final deste mês. Numa consulta às páginas web das, até então,  listas concorrentes é possível verificar duas abordagens. A lista liderada por Ricardo Felgueiras, um dos vice-presidentes da cessante direcção, não esconde a ligação com o passado, mas não fica presa a este, integra novos rostos realçando as ligações dos seus membros ao mundo da “bola distrital”. A outra lista, liderada por Pedro Bezerra, apostando numa profunda ruptura com o passado, realça a actividade profissional e política dos seus membros. A Assembleia Geral, por exemplo, é constituída, basicamente, por políticos e ex-políticos locais.

Uma coisa é certa, seja qual for a abordagem a ter sucesso, a mudança é incontornável na Associação de Futebol de Viana do Castelo.   

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