Autárquicas
Aproxima-se o dia de entrega das listas para as eleições autárquicas. A logística é enorme, os protagonistas, entre proponentes, membros efectivos e suplentes, são tantos que a constituição de listas, entre Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Assembleias de Freguesia, é sempre um processo difícil e complicado.
Em Ponte de Lima, até ao momento que escrevo, duas forças políticas da oposição já fizeram a apresentação dos seus cabeças de lista à Assembleia e Câmara Municipal, o PSD e o movimento “Ponte de Lima Minha Terra”. Os sociais democratas apostam na repetição do cabeça de lista à Câmara, José Nuno Araújo, e em Filipe Amorim, até agora presidente da Junta de Rebordões de Souto, para liderar a lista à Assembleia Municipal. Já o movimento aposta em duas mulheres, a antiga presidente da Junta de Brandara e actual vereadora, Zita Fernandes, lidera a lista candidata à Câmara Municipal e Carolina Campelo, antiga candidata à Assembleia de Freguesia da união de freguesias de Vale de Neiva, a lista à Assembleia Municipal. Não deixa de ser interessante serem duas forças políticas que lutam pelo mesmo eleitorado.
Na realidade
Quem está no poder, como o CDS em Ponte de Lima, só espera que a oposição se desmembre e que aprofunde a luta pelo eleitorado dos descontentes. O poder, por norma, consegue manter fiel o seu eleitorado, por vezes, até consegue aumentar os que lhe confiam o seu voto.
Para além dos já referidos candidatos da oposição, a Iniciativa Liberal, tal como o PS, já anunciou que teria lista própria à Câmara Municipal, também o PCP não deixará de apresentar listas à Câmara e Assembleia Municipal, onde tem um eleito. Falta saber se o CHEGA irá apresentar uma lista para “combate” eleitoral ou apenas para marcar presença. Seja como for, Vasco Ferraz, actual presidente da câmara e mais que provável recandidato, já terá colocado como objectivo a eleição do quinto vereador. Falta saber se alguma das forças da oposição se conseguirá sobrepor às outras e lutar contra esse objectivo.
Não sei se repararam
Recentemente foi inaugurada, em Ponte de Lima, uma estátua do nosso primeiro rei e fundador do reino de Portugal, dom Afonso Henriques. Não, não vou escrever sobre essa estátua, realizada, e ainda bem, ao modo clássico. Talvez o leitor não tenha reparado mas, recentemente, foi também colocada uma estátua de um touro de lide no largo, actualmente designado da Alegria, no bairro da Além da Ponte, vila e freguesia de Arcozelo.
Há poucos anos, tinham “plantado” uma estátua em pedra de um touro, num dos lados desse mesmo largo. A estátua passou a ser alvo da escalada de crianças, jovens e menos jovens, que, pendurados no lombo e cornos, tiravam uma fotografia para recordação. Esta actividade levou à frequente destruição dos cornos do touro de pedra. Talvez fartos das reparações, os responsáveis retiraram, e bem, a estátua. Na verdade, ninguém percebeu o motivo para a sua colocação, nem a justificação de que a vaca das cordas, durante um período, visitava a Além da Ponte, seria motivo de maior para lá se colocar uma estátua de um touro.
Tendo tirado a de pedra, para quê substituí-la por outra em bronze? Já existe uma no largo da igreja matriz de Ponte de Lima, para quê outra do outro lado da ponte velha? Se queriam gastar dinheiro, então fizessem uma estátua com sentido, uma , por exemplo, a homenagear Manuel Lima Bezerra, um dos Maiores limianos, nascido no bairro da Além da Ponte.