domingo, julho 13, 2025

Alto Minho, artigo de 10-07-2025

Sol, rio, praia e natureza

Já repararam, com certeza, que a nossa região é rica em sugestões para a prática de desportos “radicais”, como se dizia nos anos 90. Ainda que com praias de água fria e com constante vento, é atrativa para alguns desportos náuticos, sendo, inclusive, uma referência em algumas modalidades. Os rios são viveiros de campeões, seja de canoagem ou de remo, e os seus cursos e afluentes fantásticos para o canyoning. Os nossos montes e montanhas são espaços ideais para a prática de modalidades de ciclismo como o downhill ou cross country.

Todo este potencial continua a não ser totalmente aproveitado. Falta escala, falta promoção internacional. Talvez alianças entre os vários municípios do distrito (porque não através da CIM) pudessem trazer para a nossa região uma prova de um circuito mundial dessas modalidades. Nesses campeonatos, há investimento de grande escala, de marcas internacionais e estas só apostam em algo que tenha retorno, logo por tanto, trará, certamente, visibilidade mundial à nossa região. 


 Um dos problemas


Um dos problemas que os candidatos às autárquicas de 12 de Outubro irão enfrentar, independentemente do órgão a que se candidatam, é o de passarem a viver numa bolha eleitoral. A campanha eleitoral requer muita dedicação e muitas horas de esforço, e, por mais que a vida continue, na verdade, o foco desses nossos concidadãos passa a ser o de vencer ou ter o melhor resultado possível. Manter a clareza do que importa, por vezes, torna-se difícil.

Se forem abordados pelas candidaturas, não receiem em falar, não o que os candidatos querem ouvir, mas sobre os problemas diários que a vossa comunidade tem que enfrentar. Assim, estarão a contribuir para que os candidatos mantenham o foco no que realmente interessa.


Portugal não acaba nas grandes áreas metropolitanas 


Por vezes parece que, para a comunicação social nacional, os problemas do país são apenas os dos grandes centros urbanos, mas não! Há muitos problemas das zonas “periféricas” que deviam envergonha qualquer político e que deveriam ter cobertura nacional. 

Os autarcas de Monção e Melgaço contestaram os inadmissíveis acessos aos seus concelhos. Acessos dos anos 80, que, para além de limitarem a circulação das populações, afastam oportunidades que podem ajudar a fixar essa mesma população. 

A distância até ao hospital distrital de Viana do Castelo é percorrida em quase duas horas. Para fazerem 40 quilómetros, demoram quase tanto como de Viana do Castelo à cidade do Porto. Os responsáveis políticos distritais, autarcas e lideres partidários, da sociedade dita civil, devem mobilizar-se, independentemente de eleições e partidos, e reivindicar junto do governo a imperiosa construção de novas acessibilidades. Há um limite para ruralidade e isolamento territorial. 

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